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segunda-feira, 10 de março de 2008

Porra, Carago

1 - A concentração dos serviços de saúde e a deficiente rede de estradas e transportes torna num calvário a vida de muitos doentes do distrito de Bragança, que perdem em penosas deslocações os benefícios dos tratamentos que recebem cada vez mais longe de casa. A situação é "preocupante e merece reflexão", alerta Berta Nunes, coordenadora da sub-região de Saúde de Bragança, que diz ainda que as distâncias são agravadas pela deficiente rede de estradas e de transportes públicos e estão a "pôr em causa a equidade no acesso aos cuidados de saúde e a penalizar sobretudo os idosos e os mais carenciados".
"O que ganham aqui [em tratamentos] muitas vezes perdem-no no caminho, é um desconforto, mas eu não sei o que fazer", reconhece, em declarações à Lusa o administrador do Centro Hospitalar do Nordeste (CHNE), Fernando Alves.

FICOU COM ALGUMA IDEIA? ENTÃO EXPLIQUE O PONTO SEGUINTE

2 - No distrito de Bragança são oito as urgências dos centros de saúde que devem ser extintas no início do Verão de 2008, e isso terá já sido assumido pela ministra Ana Jorge, que mantém a política de considerar os cuidados primários como sendo prioritários, apostando na criação de Unidades de Saúde Familiar.

domingo, 9 de março de 2008

Sonho e Pesadelo

Luis Pisco, Médico, na abertura do 25.º Encontro Nacional de Clínica Geral:
«O nosso futuro está, quer gostemos ou não, quer queiramos ou não, indissociavelmente ligado ao dos outros profissionais que connosco trabalham.»
E o que dizem / pensam / querem os outros profissionais que com eles trabalham?
E disse mais, dirigindo-se à Srª ministra: os médicos de família estão «inseguros» em relação à sua «verdadeira situação no sistema de Saúde», estão «debaixo de pressão», com o futuro a parecer-lhes «cada vez mais incerto».
E como dizem / pensam / querem os outros profissionais que com eles trabalham?
E também lá esteve a Srª Ministra da Saúde que deixou um recado à sua congénere da Educação, pois no seu discurso afirmou que «ao Governo cabe enquadrar, orientar, facilitar», mas são os médicos que devem ser os «autores e actores» dos projectos.
E o que dizem / pensam / querem os outros profissionais da função pública portuguesa?

 

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Com a devida vénia:

Na sessão de abertura do 25.º Encontro Nacional de Clínica Geral, o presidente eleito da norte-americana WONCA, congénere da APMCG, revelou um sonho que é, simultaneamente, um pesadelo: o de, um dia, serem convidados pelo Governo a «consertar o sistema». Em Portugal, o sonho é uma realidade: a APMCG foi chamada ao poder, através da Unidade de Missão dos Cuidados de Saúde Primários, para fazer a reforma destes, para «consertar o sistema» (e os americanos aguardam com expectativa o resultado); oxalá não venha a transformar-se também em pesadelo.

A inquietação provém de verificarmos que a criação de USF parou e, nas existentes, já alguns se interrogam sobre a bondade de continuar; e de o debate sobre os incentivos financeiros estar gravemente ferido, depois de o SIM ter abandonado as negociações. Até onde poderá a APMCG prosseguir na reforma cuja filosofia inspirou (por oposição à política do então ministro Luís Filipe Pereira, que visava entregar a empresas a gestão dos centros de saúde) se não houver incentivos? A especialidade é maioritariamente constituída por médicos na faixa etária dos 50 anos e superior, a quem se pede que vejam mais doentes e que estejam mais disponíveis – e que deixaram de auferir o pagamento das horas trabalhadas nos SAP nocturnos, na maioria já fechados. Pede-se-lhes, em suma, que trabalhem mais, ganhando o mesmo (e, aqui, pouco sentido faz pensar em incentivos, trata-se de pagar o trabalho suplementar realizado). Nestas circunstâncias, como mobilizar os médicos de família para uma reforma central no programa deste Governo, que a nova ministra da Saúde apoia expressamente e afiança ser para concretizar?

O que se viu no Algarve retrata bem a delicada situação em que se encontra a APMCG. De ano para ano, vai diminuindo o número de profissionais presentes na sessão de abertura do Encontro, de onde estiveram ausentes representantes do SIM e da Ordem dos Médicos. Nem mesmo os que compareciam para discordar apareceram para aquecer o debate. Há um desencanto patente que nos entristece, porque a APMCG merecia mais, no seu 25.º de existência, do que o vulto de um beco sem saída – os tempos não vão de feição para os idealistas, e a reforma, só com estes, porque são poucos, não se fará ou ficará muito aquém das expectativas.
Continuaremos atentos ao desenrolar deste processo, desejando que a APMCG, cuja importante actividade temos seguido desde o início, não venha a ser confrontada com o inêxito de um «conserto» cuja paternidade em boa parte lhe cabe.
TEMPO MEDICINA 1.º CADERNO de 2008.03.10
0812821C22108JPO10T

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A (mu)dança das moscas

Artigo de Teresa Lopes*
Somos invadidos diariamente, nos media, com notícias de problemas na área da Saúde, nomeadamente nas Urgências ou na falta delas, e nas recentes reformas em curso.
Um exemplo da insegurança e revolta latente e patente das populações é o das mortes recentes de dois lactentes em ambulâncias. Segundo o que se pode apurar pelos comunicados, o fecho recente de SAP ou Urgências nas duas localidades não terá interferido no desenlace final, pois em qualquer delas a situação era grave. Contudo, a infeliz coincidência das mortes se terem verificado em ambulâncias a caminho de uma Urgência e as manobras de ressuscitação de uma delas se verificarem à porta de um hospital, onde recentemente foi encerrado o serviço de Urgência, exaltou novamente os ânimos. Nesta altura qualquer explicação, mesmo pertinente, irá ser entendida como mera desculpa.
Uma ideia do pulsar actual dos diversos intervenientes nesta reforma:
Os médicos estão insatisfeitos e muitas vezes com a sensação de estar a trabalhar no arame, sem rede, quer devido à degradação progressiva das condições de trabalho quer à sensação de estarem «ensanduichados» entre a pressão da tutela e dos doentes.
Os doentes estão insatisfeitos e ansiosos, pois assistem ao encerramento de serviços para si essenciais e não entendem as melhorias e os benefícios anunciados com as recentes mudanças.
É necessário referir que, depois de tantos anos de SNS, os doentes ainda não assimilaram as diferenças entre os níveis de cuidados e o seu uso racional, pelo que recorrem, indiscriminadamente, a qualquer deles, consoante a facilidade de acesso e a urgência que atribuem à sua queixa ou pretensão.
Os autarcas, que fizeram as suas promessas em tempo de eleições, estão impotentes para as manter e necessitam de dar resposta à pressão e ansiedade dos seus munícipes. Também para eles é difícil entender todas as razões das recentes mudanças, talvez porque as justificações, actualmente, não fazem um correcto enquadramento de todas as soluções em jogo.
Mas tenho de fazer aqui uma ressalva, visto as soluções não estarem a ser iguais para todos — em princípio, todos autarcas são iguais, mas será que alguns não serão mais iguais do que outros?
Como remédio para todos os problemas detectados devido às reformas e encerramentos recentes, os srs. ministros prometem USF e SIV. Estarão realmente convencidos de que a solução seja tão fácil?
Contudo, a reforma dos cuidados de saúde primários, em que uma das vertentes engloba as USF, e necessária à correcta implementação da reforma das Urgências, tem avançado muito lentamente, tardando a produzir os desejados efeitos.
Sobre as SIV já muito se disse. E as USF, o que trazem de novo para os doentes?
Será que estes já interiorizaram, porque as sentiram, as diferenças como uma mais-valia para as suas necessidades ou para os seus desejos/«direitos»?
Em relação aos médicos, este modelo inovador, em que se privilegia a auto-organização recorrendo-se a profissionais motivados, mesmo que por motivos diferentes, e pela autonomia funcional prometida e há muito desejada, gera um desafio estimulante e, quiçá, compensador.
Mas uma solução, embora considerada boa, estando ainda em embrião e não sendo reprodutível a todos os profissionais, não originará certamente uma mudança consistente e concertada, não constituindo, para já, uma alternativa sustentada e uma resposta a todas as situações agudas.

Publicidade enganosa

Constitui publicidade enganosa que as USF possam dar um médico a todos os portugueses. Até agora, para novos ficheiros sem médico a que as USF já organizadas deram médico de família, fizeram-no essencialmente à custa de novos médicos injectados e deslocados de outros centros de saúde, onde eventualmente ficaram outros doentes sem médico, e não à custa do aumento substancial dos ficheiros já existentes.
As outras unidades de saúde/centros de saúde que, pelo número existente e abrangência de horas de funcionamento, constituem ainda o cerne dos cuidados de saúde primários, continuam sendo os parentes pobres da nova organização — sem a autonomia funcional das USF e dependendo das ARS para qualquer reorganização pretendida, sem grandes possibilidades de melhoramentos nos casos de condições físicas degradadas, visto as verbas disponíveis estarem quase exclusivamente canalizadas para as USF e sua instalação, com constrangimentos na contratação do pessoal necessário a um correcto funcionamento por contenção nos novos contratos.
Mas, e apesar das condições óptimas de organização, o que fazem de diferente as USF?
Uma certeza não pode ser negada. Devido ao seu modo de formação, na generalidade os profissionais estão mais motivados — melhores condições físicas e pessoal em quantidade óptima para um melhor funcionamento e metas a atingir, obrigatoriamente.
Apesar das diferenças, qualquer dos dois tipos de organização presta cuidados globais e continuados a uma população organizada em listas — actividades preventivas, de promoção da saúde e prevenção da doença, cuidados a grupos vulneráveis e de risco, diagnóstico e seguimento de doenças intercorrentes, domicílios, actividades de educação para a saúde, participação em programas de formação pré e pós-graduada e em trabalhos de investigação.
Além das consultas programadas, fazem a gestão de cuidados na doença aguda, não programada.
Segundo a MCSP, em comunicado sobre consulta aberta, os cuidados na doença aguda são prestados na «consulta aberta da USF», que se define como “período de consulta com marcação presencial ou telefónica, só no próprio dia, para garantir a intersubstituição. Poderá não existir como período autónomo se a USF assumir a intersubstituição nos períodos personalizados de consulta individual».
Na prática, as USF têm um misto destas duas soluções — períodos em que os médicos fazem a gestão da doença aguda no seu horário de consulta personalizada e períodos em que, intersubstituindo-se, organizam uma escala em que um dos médicos da unidade atende os casos que ocorrem sem programação prévia.

Qual a diferença?

Então, o que tem de diferente esta organização das chamadas consultas abertas, complementares, de recurso, de apoio, de reforço, etc., dos centros de saúde (CS), em que cada unidade de saúde se organiza para consultar/orientar cada doente sem consulta programada, durante o período de funcionamento do CS, quer na gestão individual do seu horário quer em escala organizada entre todos os médicos?
Consoante as necessidades e especificidades de cada caso, essa consulta estará em funcionamento durante todo o período de funcionamento do CS ou só em parte.
Se bem analisarmos, é muito capaz de ser a mesma coisa…
Até há pouco tempo, nos CS distantes de um serviço de Urgência existiam os SAP — «serviços dos centros de saúde destinados ao atendimento de utentes em situação de urgência e ao seu encaminhamento para os cuidados de saúde secundários, quando necessário». Funcionavam em horário preestabelecido, durante 24 horas ou em período inferior. Tiveram ao longo do tempo e consoante o local, diferentes designações — SAP, SASU, CAP, CATUS, SADU, etc.
Com o tempo, estes serviços foram-se desvirtuando, multiplicaram-se e foram retirando profissionais das suas actividades regulares, pelas horas a disponibilizar para a sua manutenção. Assim, a actividade normal e programada do médico de família foi-se reduzindo, diminuindo a acessibilidade à consulta, o que levou a maior consumismo no SAP, mesmo em situações não urgentes. Apesar de, ao contrário das afirmações do ministro da Saúde, a seguir às noites os médicos continuarem o trabalho normal no seu ficheiro.
No processo de requalificação das Urgências, a comissão técnica de apoio, que não avaliou os SAP por não fazerem parte da rede de Urgências, alertou para «muitas outras situações agudas, ou seja, de aparecimento recente, que não sendo urgências ou emergências, carecem de solução rápida (no mesmo dia ou em horas)», em consulta aberta para situações não programadas, a cargo dos CSP.
Quando ao Ministério da Saúde interessou que os SAP passassem a ter uma conotação negativa e a ser «um serviço perigoso para a saúde ou vida dos doentes», e com a justificação, louvável, não fora demagógica como se verá mais tarde, de recentrar o médico de família no seu ficheiro, iniciou-se o seu encerramento indiscriminado. Mas primeiro houve o cuidado de «criar novos serviços que fizessem a mesma coisa, mas com nome diferente». Assim nasceram as consultas de atendimento complementar com alargamento de horário do CS, após as 20 horas. Mais recentemente nasceu a CAC, consulta de agudos complementar, nos hospitais onde antes havia serviço de Urgência, e não foram contemplados com serviços de Urgência básica, a cargo do CS, com pessoal do CS e organização do mesmo CS.
Tal como os anteriores SAP, até às 20 horas funciona com horas retiradas ao horário normal de cada médico e das 20 às 24 horas e fins-de-semana em horas extraordinárias, com folgas na semana seguinte, o que agrava o funcionamento normal do CS, novamente com diminuição da acessibilidade à consulta programada.
Mas então os SAP não foram encerrados? Alguém me explica, como se eu fosse muito burra, onde está a diferença, para além da poupança nas horas nocturnas?
Sejamos honestos, ou é uma consulta do CS para gestão de doença aguda e deve ser efectuada no CS, com organização e em horário de funcionamento do CS, como o preconizado para as USF, ou não é, pelo que deverá ser efectuada nos serviços de Urgência básica (em instalações do CS, hospital ou outras), podendo, também em complementaridade, ser assegurada com recurso a médicos do CS, mas sempre em horas extraordinárias, sem interferir com o normal funcionamento da consulta regular do ficheiro.

Explicações ambíguas e demagógicas

Contudo era necessário, ao encerrar SAP e Urgências, contentar artificialmente alguns políticos e populações, e daí o recurso a explicações ambíguas e demagógicas e à abertura de serviços aparentemente idênticos mas, claro, com outra designação, não explicando o tipo de consulta/cuidados que, efectivamente, vai ser efectuado. Os doentes ainda não perceberam as regras do jogo e continuam a não saber utilizar os serviços consoante as situações e o seu grau de urgência.
Mas depressa irão constatar que CAC não é o mesmo que SAP e muito menos SUB, que as consultas no seu médico serão mais difíceis e que os recursos médicos são cada vez mais limitados, visto que nos CS onde existem USF, os médicos que as integram não são obrigados ao serviço de CAC ou similar.
Logo aqui vai notar-se a diferença na acessibilidade à consulta, visto os médicos do CS não poderem recusar-se a integrar a escala da CAC…
Num exercício teórico e fazendo futurismo se, por exemplo, no Centro de Saúde de Cantanhede todos os médicos se organizarem em USF, não haverá médicos disponíveis para o CAC e ele terá de encerrar ou, então, haverá necessidade de contratar médicos de outros CS sem USF ou indiferenciados e, então, teremos CAC do CS de Cantanhede, sem profissionais do CS…
Torna-se imperioso que todas as reformas em curso – CSP, Urgências e cuidados continuados, necessárias e urgentes, sejam implementadas harmonicamente, consistentemente, sem decisões avulsas e puramente políticas que desvirtuem os objectivos iniciais.
E não tentemos iludir profissionais e populações com soluções alternativas que mais não são que os mesmos serviços com outras roupagens e, por vezes, menos condições que os anteriores, até pela desmotivação dos profissionais, contrariados, envolvidos.
Estas soluções fazem-me lembrar um artigo que li recentemente sobre moscas.
Fiquei a saber que as moscas são um insecto muito comum em áreas urbanas e rurais, contudo algumas nem sempre adaptadas a processos de urbanização.
Têm diversos nomes e diferentes cores e formas, consoante a sua função — mosca negra dos citrinos, mosca branca, mosca do figo, mosca do chifre, mosca da banana, mosca doméstica, mosca varejeira azul, tsé-tsé, etc.
Mas, no fundo, quase todas elas fazem a mesma coisa — hospedeiras de agentes patogénicos, provocam estragos e doenças nas plantas e animais onde poisam ou picam.
Mas, cuidado, não pensemos que todas são daninhas, pois algumas são benéficas e utilizadas como animais experimentais para estudos genéticos e como agentes de controlo biológico de plantas daninhas ou de insectos pragas.
Aprendemos sempre, pensadores, gestores e intervenientes no terreno, desde que com espírito aberto, e eu aprendi que há moscas úteis. Mas, para não ser tentada a matá-las todas, necessito que me expliquem as diferenças…
Não deixemos que as alterações confirmem o ditado: «Mudam as moscas, mas…»
As recentes substituições de serviços, em que praticamente só o nome muda, enquanto o conteúdo e função se mantêm, fazem-me lembrar as moscas — muda só o nome, mas…

Porquê mudar só por mudar?

Se o anterior era mau, se era prejudicial para um SNS que se quer melhor, mais eficaz, eficiente, humanizado, produtivo, porquê mudar só por mudar, para deixar tudo praticamente igual?
Nenhuma destas medidas avulsas resolve todos os problemas de doença aguda durante as 24 horas por dia e as USF apenas as resolvem durante o seu horário de funcionamento, tal como as outras unidades de saúde, não sendo solução para todos os problemas, como nos querem fazer acreditar.
Enquanto não for criada e bem divulgada uma verdadeira rede de Urgências e de emergência pré-hospitalar, os problemas e revoltas não acabarão.
As mudanças são necessárias, todos o sentimos, governantes, população, profissionais.
Mas também todos sentimos que «para pior já basta assim».
Cabe-nos demonstrar que somos capazes de nos organizar, de lutar pelos nossos direitos e por melhores condições de trabalho, e, a bem dos doentes que servimos, melhorar a nossa acessibilidade e as nossas metas, vencendo a demagogia reinante, não nos deixando desunir, porque a união faz a força…
Não resisto a relembrar a todos os «gestores», nos mais diversos escalões, que os lugares de nomeação são sempre a prazo. Mais cedo ou mais tarde, todos voltam ao local de origem e à situação de obedecer, mesmo a ordens em que não acreditam. Os trabalhadores, esses, permanecem e vêem-nos passar…
Para finalizar, e parafraseando um político respeitado, apetece-me dizer: «Deixem-nos trabalhar…»
*Membro do Conselho Regional do Centro da Ordem dos Médicos
Subtítulos da responsabilidade da Redacção
TEMPO MEDICINA 1.º CADERNO de 2008.03.10
0812821C20108JMA04A
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Nota: estes artugos que com a devida vénia copiamos do Jornal Tempo Medicina, ficam aqui, não vá o vento fazer-nos esquecer certos pensamentos, vivências, constactações, tristezas, ranger de dentes, etc

sábado, 3 de março de 2007

E o tempo de espera vai aumentar



...quando, em vez de várias portas, passamos a dispôr de uma única (e a sala não cresceu)!
1- PENICHE Urgências/Peniche:Mais de 2 mil apoiaram Câmara contra fechoMais de duas mil pessoas apoiaram hoje a autarquia de Peniche na defesa da manutenção da urgência básica do hospital daquela cidade, contrariamente à proposta da comissão de peritos que estudou a reestruturação das urgências hospitalares.Diário Digital (03/03/2007 18:03) Peniche: mais de 2 mil contra fecho de urgênciasProposta da comissão de peritos aponta para encerramentoPortugal Diário (03/03/2007 18:03) Urgências/Peniche:Mais de 2 mil pessoas apoiaram hoje Câmara contra fechoO encerramento da urgência básica do hospital S. Gonçalves Telmo de Peniche foi também contestada pelos autarcas de todas as forças políticas locais - CDU,PS,PSD - que se fizeram hoje represent...RTP - Nacional (03/03/2007 17:03) Mais de 2 mil pessoas apoiaram Câmara de Peniche contra fecho da urgência b...O encerramento da urgência básica do hospital S. Gonçalves Telmo de Peniche foi também contestada pelos autarcas de todas as forças políticas locais - CDU,PS,PSD - que se fizeram hoje represent...RTP - Nacional (03/03/2007 17:03)
2 - RÉGUA Urgências/Régua:500 pessoas em debate reivindicam manutenção urgênciaO salão nobre da Casa do Douro acolheu cerca de 500 pessoas, entre os quais os presidentes das três autarquias da área de influência do D.Luíz I, designadamente Nuno Gonçalves (PSD), da Régua, Mar...RTP - Nacional (02/03/2007 00:03)
3 - Valença
4 - etc

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

´São brancos... entendam-se!


Rede de urgências hospitalares
No Prós e Contras desta noite Correia de Campos beneficiou da melhor sessão de esclarecimento que poderia ter a favor da sua reforma das urgências. A presença dos dois representantes da comissão técnica foi essencial para mostrar os enormes benefícios da reforma e a falta de fundamento da sua contestação. A estratégia ministerial de oferecer compensações a quem perde os SAP sem ser contemplado com uma urgência básica é francamente bem sucedida, como ficou patente pelos testemunhos de alguns presidentes de câmara municipal. Para os recalcitrantes ficou a alternativa: ou entram em negociações e obtêm alguma contrapartida, ou prosseguem a contestação e ficam sem nada...
[Publicado por vital moreira]

.....

Faz algum sentido que...
...os municípios adquiram participações em empresas privadas gestoras de unidades do SNS sediadas na sua área territorial? Os municípios têm, ao menos, alguma competência em matéria de cuidados de saúde diferenciados? Esta iniciativa não tem todo o ar de um "frete" financeiro à referida empresa privada? O Tribunal de Contas não deveria ter uma palavra a dizer sobre estes "investimentos" municipais?
[Publicado por vital moreira]

.....

... O aumento do desemprego foi outro assunto que motivou uma acesa troca de palavras entre o líder social-democrata e o primeiro-ministro, com Marques Mendes a recordar que, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística, no último trimestre de 2006 a taxa de desemprego atingiu os 8,2 por cento, o que corresponde a "453 novos desempregados por dia" ao longo desses três meses.
"Isto é um desastre social", salientou Marques Mendes.
Na resposta, José Sócrates preferiu-se centrar-se nos dados relativos ao emprego, assinalando o aumento de 0,7 por cento verificado durante o ano de 20 06, que permitiu a criação de 37 mil novos empregos, o que acabaria por levar Marques Mendes a acusar o primeiro-ministro de estar a ser "autista".
"Não acha que está a ser autista? Não vê que a taxa de desemprego está a subir? Deve ser o único português que não vê", referiu Marques Mendes.
"O desemprego não se elimina por decreto", respondeu José Sócrates.
Relativamente à reestruturação das forças de segurança anunciada pelo primeiro-ministro na abertura do debate mensal, Marques Mendes reconheceu a necessidade de modernizar e reorganizar o sector.
"Acompanhamos o Governo nessa preocupação", disse, considerando positiva a manutenção da autonomia da PSP e da GNR, mas alertando para o "especial cuidado" com que terá de ser conduzida a integração da Brigada de Trânsito e para a necessidade de "não descorar" o interior do país.
"Espero que esta reestruturação seja feita com mais inteligência, mais sensatez e menos disparates que a reestruturação das urgências", disse Marques Mendes.
RTP/Agência LUSA
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Numa reunião com o Presidente da Suíça, o primeiro-ministro português apresentou-lhe os seus ministros:- Este é o ministro da Saúde, este é o ministro dos Negócios Estrangeiros, esta é a ministra da Educação, este é o ministro da Justiça, este é o ministro das Finanças…
Chegou a vez do Presidente da Suíça:- Este é o Ministro da Saúde, este é o Ministro dos Desportos, este é o da Educação, este o da Marinha…
Nessa altura, com ar emproado, José Sócrates começou a rir:- Ha! Ha! Ha!…. Para que é que têm um Ministro da Marinha, se o vosso País não tem mar?
O Presidente da Suíça faz um ar digno e respondeu:- Não seja inconveniente. Quando apresentou os seus ministros da Educação, da Justiça e da Saúde, também não me ri.

sábado, 24 de fevereiro de 2007

Se estiveres comigo...que se lixe o estudo, as lógicas...









Buzinão contra fecho das urgênciasO protesto estava marcado para as três da tarde, mas ainda antes da hora de almoço, uma carta assinada pela presidente da Câmara do Montijo anunciava um passo atrás na ideia de encerrar as urgências no hospital local. A carta foi distribuída nas barbas dos manifestantes, mas as buzinas já estavam afinadas.TVI - Informação (24/02/2007)
Algumas urgências que iam fechar mantêm-se abertasAs urgências do Montijo estavam incluídas na lista das 15 previstas pela Comissão Técnica para fechar portas. Essa era a recomendação do estudo, mas afinal foi precisamente o contrário do protocolo assinado hoje entre Ministério da Saúde e seis autarquias. A presidente da Câmara do Montijo avança mesmo que nem havia razão para a população sair esta tarde à rua.TVI - Informação (24/02/2007)
Jerónimo de Sousa contra "encerramentos avulsos" das urgênciasJerónimo de Sousa fazia estas declarações à imprensa à margem de um comício realizado hoje no Salão dos Bombeiros Voluntários de Alverca. "Mais valia, em vez de estar a trabalhar à peça, ...RTP - Nacional (24/02/2007)
Marques Mendes: manifestações levaram Governo a recuar no fecho de urgênciasO líder do PSD, Marques Mendes, afirmou hoje que o primeiro-ministro, José Sócrates, “foi obrigado a recuar” na decisão de fechar serviços de urgência porque “teve medo” das manifestações de rua.Público - Política (24/02/2007)
Urgências: Correia de Campos reúne com autarcasO ministro da Saúde preside à assinatura de protocolos com seis municípios com vista à reestruturação da rede de urgências. Um dado confirmado à Lusa por fonte do gabinete de Correia de Campos.Rádio Renascença (24/02/2007)
Urgências: Montijo buzinaDepois de Valença, Vendas Novas e Chaves, agora é a população do Montijo que promete sair à rua em protesto contra o encerramento do serviço de urgências no hospital local.Rádio Renascença (24/02/2007)
Especialidade e urgências à porta seria irresponsávelSeria irresponsável propor um modelo de especialidade e urgências ao pé da porta de cada um, salientou o ministro da Saúde, Correia de Campos, na cerimónia de assinatura de protocolos de cooperação com os municípios de Espinho, Montijo, Fafe, Cantanhede, Santo Tirso e Macedo de Cavaleiros, ()Jornal de Notícias (24/02/2007)
Urgências: Seis autarquias assinam protocolosEspinho, Montijo, Fafe, Catanhede, Santo Tirso e Macedo de Cavaleiros são os seis municípios que assinaram protocolos com o Ministério da Saúde com vista à reestruturação da rede dos serviços de urgências.Correio da Manhã (24/02/2007)
Ministro: Urgências ao pé da porta seriam irresponsabilidadeO ministro da Saúde, Correia de Campos, disse hoje que seria irresponsável propor um modelo de especialidade e urgências ao pé da porta de cada um.Diário Digital (24/02/2007)
Montijo anuncia acordo que garante urgências (act.)A presidente da câmara do Montijo anunciou hoje um acordo entre a autarquia e o Governo que «garante o serviço de urgências» do Hospital Distrital do concelho.Diário Digital (24/02/2007)
Reestruturação da rede de urgênciasEspinho, Montijo, Fafe, Cantanhede, Santo Tirso e Macedo de Cavaleiros assinam acordo com Ministério da SaúdeSic - Vida (24/02/2007)
Urgências: Seis municípios assinam protocolos com (act.)Espinho, Montijo, Fafe, Cantanhede, Santo Tirso e Macedo de Cavaleiros são os seis municípios que hoje assinaram, em Lisboa, com o Ministério da Saúde protocolos com vista à reestruturação da rede de urgências.Diário Digital (24/02/2007)
Seis municípios assinam hoje protocolos sobre as urgências com o GovernoO ministro da Saúde preside hoje à assinatura de protocolos com seis municípios com vista à reestruturação da rede de urgências, disse à Lusa fonte do gabinete de António Correia de Campos.Público - Sociedade (24/02/2007)
Urgências: Seis municípios assinam hoje protocolos com o GovernoSem enumerar quais os municípios que hoje assinam, em Lisboa, os protoc olos com o ministro da Saúde, a mesma fonte confirmou que estão envolvidas autar quias que têm protestado contra as ori...RTP - Nacional (24/02/2007)
Urgências: Seis municípios assinam protocolos com GovernoO ministro da Saúde preside hoje à assinatura de protocolos com seis municípios com vista à reestruturação da rede de urgências, disse à Lusa fonte do gabinete de António Correia de Campos.Diário Digital (24/02/2007)
Câmara do Montijo garante manutenção das urgênciasA Câmara do Montijo está a informar hoje os municípes que alançou um acordo com a Administração Regional de Saúde (ARS), segundo o qual se garante a manutenção dos serviços de urgência do hospital local.Diário Digital (24/02/2007)
Montijo: Utentes promovem buzinão contra fecho de urgênciasA Comissão de Utentes da Saúde do Montijo promove este sábado à tarde um buzinão de protesto contra o encerramento das urgências do hospital do Montijo.Diário Digital (24/02/2007)
Urgências: Montijo buzinaDepois de Valença, Vendas Novas e Chaves, agora é a população do Montijo que promete sair à rua em protesto contra o encerramento do serviço de urgências no hospital local.Rádio Renascença (24/02/2007)
Sócrates chama a si processo do encerramento das urgênciasO primeiro-ministro, José Sócrates, decidiu chamar a si a condução política do processo de encerramento dos serviços de urgência, tentando extinguir o rastilho que o ministro da Saúde, Correia de Campos, ateou quando, esta semana, acusou os autarcas de estarem a contribuir para a fúria das populações.Público - Política (24/02/2007)
Urgências: ministro vai reunir em Março com os autarcas do Alto TâmegaApesar de ter dito que as negociações estavam encerradas, o ministro da Saúde vai reunir com os autarcas do Alto Tâmega no dia 2 de Março.O Primeiro de Janeiro (24/02/2007)




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Kaskalsasnamão


Sócrates chama a si processo do encerramento das urgências
24.02.2007 - 10h32 Margarida Gomes, Filomena Fontes

O primeiro-ministro, José Sócrates, decidiu chamar a si a condução política do processo de encerramento dos serviços de urgência, tentando extinguir o rastilho que o ministro da Saúde, Correia de Campos, ateou quando, esta semana, acusou os autarcas de estarem a contribuir para a fúria das populações.
Ontem, Sócrates esteve reunido, durante toda a manhã, com Correia de Campos, acertando uma estratégia que tem um objectivo óbvio: pacificação. À tarde, o ministro reuniu-se com os presidentes das administrações regionais de saúde.
Hoje, em Lisboa, alguns dos presidentes de câmara dos 15 concelhos incluídos no estudo técnico que prevê o encerramento de serviços de urgência deverão assinar protocolos de cooperação com o Ministério da Saúde. Nestes é definida (caso a caso) a rede de assistência de saúde pública e são estabelecidas contrapartidas.
Estas novas regras, que resultam de um despacho pessoal do ministro da Saúde, podem passar pelo reforço de alguns meios técnicos e de apoio ao transporte de doentes, alargamento de horários nos serviços de atendimento permanente (SAP) e a eventual manutenção do actual número de médicos. Tudo para contrariar a ideia de que as populações podem perder serviços ou condições de assistência neste processo de reestruturação.
À hora do fecho desta edição, não era ainda conhecido o número exacto de municípios que estavam dispostos a comprometer-se com um protocolo, sendo seguro, no entanto, que a taskforce que Sócrates organizou para responder à crise se empenhava em captar para esta solução o maior número possível de autarcas, não apenas do PS mas também do PSD.
Ao que o PÚBLICO apurou, ao fim da tarde de ontem, as câmaras de Fafe e Santo Tirso, ambas de maioria socialista, teriam já aceite os termos do protocolo, mas havia outras, como Peso da Régua, liderada pelo social-democrata Nuno Gonçalves, que adiavam uma posição para a próxima segunda-feira. Discordando da reestruturação revelada pelo Governo, o presidente da Câmara da Régua disse ao PÚBLICO que será apresentada uma contraproposta, depois de ser sufragada em reunião do executivo.
“A proposta do ministério é uma forma de mascarar o encerramento do serviço de urgência”, justificou o autarca, rejeitando a possibilidade de a urgência hospitalar vir a funcionar com médicos de família dos centros de saúde, entre as 9h00 e as 24h00.
Mais reservado se mostrou Beraldino Pinto, o social-democrata que preside à Câmara de Macedo de Cavaleiros. Contestando o relatório técnico, o autarca garante que está aberto a conversações com o Ministério da Saúde e não fala das eventuais contrapartidas que Correia de Campos lhe terá apresentado.

Sinal vermelho em S. Bento
Com o país na rua a protestar contra o encerramento de urgências e a controversa prestação de Correia de Campos nas televisões, logo após as manifestações de Valença e de Chaves, quando acusou os autarcas de estarem a contribuir para o alarme popular, o sinal vermelho acendeu-se em S. Bento.
Preocupado com a amplifiação dos protestos no país, Sócrates viu aberta mais uma frente de contestação no Parlamento.
Anteontem, PCP e PSD consideraram “inaceitáveis” as “ameaças” feitas pelo ministro da Saúde e os sociais-democratas acusavam mesmo Correia de Campos de “promiscuidade” partidária por ter recebido o presidente da Câmara da Régua, acompanhado por um deputado socialista. E ontem o BE zurzia no plano, denunciando que este “aumenta as dificuldades de acesso dos cidadãos aos cuidados de saúde e diminui a qualidade do atendimento prestado às populações”. Com o perigo real de a situação ficar fora de controlo, Sócrates decidiu agir. Consciente de que o ataque político no Parlamento iria inevitavelmente recair sobre as mexidas na saúde, o primeiro- ministro joga na antecipação. Na próxima semana, haverá o habitual debate mensal com o Governo na AR e Sócrates quer desarmar ofensivas. O PSD já anunciou que a saúde será o tema forte da sua agenda política nos próximos tempos e aproveitará a presença do chefe do Governo para tentar fazer vingar os seus argumentos de que as políticas seguidas pelo Executivo socialista excluem os mais pobres. Nos restantes partidos da oposição, a contestação está também à espreita. Os protocolos que hoje deverão ser assinados são apenas uma parte da estratégia que visa provar que, ao contrário do que a oposição diz, a reestruturação dos serviços de urgência servirá para o reforço das condições de socorro e emergência às populações. Resta saber como é que Correia de Campos sobreviverá a mais esta barragem política, quando já há no PS quem reclame a sua substituição.

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O meu comentário:

OHoHoH

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

De 1 a 20, 100 ou talvez 1000


Citações
Há sintomas que não enganam. E a política da Saúde em Portugal está como o ministro: a contas com uma forte gripe. Mas enquanto a Correia de Campos parece bastar levar um chá para sair da cama e tentar minimizar os danos, já a estratégia do Governo para inverter as consequências dos protestos contra os fechos das Urgências já só lá vai com antibiótico
Filomena MartinsCorreio da Manhã, 22/02/07
A ingenuidade de Correia de Campos é comovente. Primeiro apresenta os factos que sustentam a decisão; a seguir informa o povo de que nada está decidido. Do que estava o ministro à espera senão de muito ruído?
Paulo FerreiraJornal de Notícias, 22/02/07
Este relatório [da reestruturação da rede de Urgências] não se compreende sem estar montado um sistema de transportes [que o complete]
Pedro Nunes, bastonário da Ordem dos Médicos Jornal de Notícias, 22/02/07
[A opção estratégica de Correia de Campos é] decide e depois logo se vê. [A proposta] apareceu de repente, sem grandes explicações e preparação
Manuela Arcanjo, ministra da Saúde no governo socialista de Guterres Ibidem
As unidades de saúde primárias não estão a funcionar, por isso, os doentes recorrem em massa às urgências
José Mateus, presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar de Torres VedrasDiário de Notícias, 21/02/07
As pessoas deslocam-se para onde há centros de decisão. Se ainda retirarmos determinados serviços essenciais [de Urgência] para a qualidade de vida das populações, parece um convite à desertificação
Fernando Ruas, presidente da Associação Nacional de MunicípiosDiário de Notícias, 21/02/07
[O relatório final apresentado pela comissão] é muito pior do que o primeiro, apresentando erros grosseiros e não tendo em conta as opiniões solicitadas aos municípios
João Baptista, presidente da Câmara Municipal de Chaves Diário Digital, 21/02/07
O ministro só tem de dizer afinal onde ficam as urgências, se em Valença ou em Monção
José Luís Serra, presidente da Câmara Municipal de Valença Sol online, 19/02/07
O ministro fez declarações muito graves ao dizer que o presidente da Câmara manipulou a população. É lamentável que o ministro tenha feito declarações desse nível
Idem, ibidem
[José Valença, presidente da Câmara Municipal de Valença] é o único responsável por esta situação [protesto da população contra o fecho das urgências] e tem de acarretar com as consequências
Correia de Campos, ministro da SaúdeRTP, 18/02/07
O maior problema da unidade [Centro Hospitalar de Torres Vedras] é a inexistência de estruturas pré e pós-hospitalares. Mas não há falta de médicos e de camas
José Mateus, presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar de Torres Vedras Diário de Notícias, 21/02/07
Essa medida [remodelação das urgências] pretende melhorar as urgências, a capacidade de atendimento e a resolução dos problemas. É uma medida que tem de ser criada gradualmente. As alternativas confiáveis e seguras têm de ser criadas antes de se fechar qualquer urgência
Manuel Carrageta, presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia Correio da Manhã, 18/02/07
As pessoas pensam que precisam de fazer prevenção mas depois, na prática, acham que o Estado tem de apoiar em todas as situações e que tem de haver serviços de saúde prontos para acudir na hora às pessoas, em caso de emergência
Idem, ibidem
Tem de haver transportes equipados para apoiar os doentes
Idem, ibidem
TM 1.º CADERNO de 2007.02.260712331C18407TM08a

terça-feira, 20 de fevereiro de 2007

Que raio de regresso


Hoje, e não por ser carnaval, estou numa de transcrever algo que valha a pena.
Encontrei um post intitulado VOLTAR AO PASSADO.
Se quizerem navegar até lá, é Aqui.
Se não quizerem, leiam-no agora:


"Não se interprete isto, como um saudosismo nem tão pouco como um assumir de estar perante a “verdade absoluta”.
Mas a população do interior do país, dos finais da década de 70, saberá bem por certo, dar valor ao “Serviço Médico à Periferia” então criado, que disponibilizou meios (primários sem dúvida) de assistência médica nas aldeias, outrora confinados só aos centros das vilas e cidades.
Dir-se-ia que era a saúde que ia ter com a população, que malgrado a falta de meios técnicos de que dispunha, conseguia chegar bem mais perto da população mais desprotegida, conseguia despertá-la para os cuidados de prevenção da doença, por forma a considerarem a saúde como um bem essencial.
Do idoso ao recém-nascido, do jovem ao adulto, todos eram atendidos, aconselhados e tratados por “clínicos gerais” recém saídos do Internato P1 e P2 (que se seguia à licenciatura em medicina), com uma preparação clínica mínima, mas que muito contribuíram, pela sua juventude e dedicação, para a evolução duma medicina do tipo “João Semana” para uma medicina mais moderna e actualizada em termos de conceitos de prevenção e tratamento.
Muitos destes clínicos por lá ficaram. Outros realizaram, nos grandes centros, a sua especialização e para lá regressaram. Reorganizando serviços e outros criando, deram ao interior do país uma qualidade de saúde e uma “segurança”, para quem lá sempre residiu, bem diferentes das que desde sempre estavam habituados. E a isto as populações se foram habituando.
Mas não só para estes bons hábitos esta política contribuiu.
A melhoria dos indicadores de saúde, como a diminuição da taxa de mortalidade infantil e o aumento da esperança media de vida, são também sua consequência, juntamente com a real melhoria das condições de vida das populações.
Muito a medicina evoluiu, sem dúvida, mais rápido nas duas últimas décadas é certo.
Mas na chamada periferia, a evolução técnica e científica também sucede nos nossos dias, praticando-se da mesma forma uma medicina de idêntica qualidade à dos grandes centros populacionais, sobre o ponto de vista assistencial e de formação pós-graduada, facilitada também pela melhoria das acessibilidades.
Será que se pretende voltar ao passado?
Afastar os cidadãos da saúde, ao invés de os aproximar dela?
Centralizar os meios e desprover o interior de iguais condições de acessibilidade em termos de saúde, condenando-o novamente à desertificação?Afastar os profissionais da periferia dos grandes centros, que desprovidos de “matéria-prima” e de apoios técnicos, se vêm obrigados a procurar outros locais para se sentirem realizados profissionalmente?
É que com o espectro da reestruturação dos Serviços de Urgência e com o argumento da rentabilização de meios humanos (particularmente médicos de especialidades carenciadas), perspectiva-se o encerramento de serviços periféricos (por integração noutros serviços ou por esvaziamento dos seus quadros) não se contabilizando a redução previsível global da actividade programada, que sem os serviços a extinguir ou reduzidos no seu pessoal, irá acontecer.
Nem tão pouco estará a ser tida em conta (à luz da actual regulamentação das Carreira Médicas – Dec.Lei 73/90) a reduzida mais-valia a obter com os profissionais médicos a integrar nos serviços a “reforçar”, particularmente dos já dispensados de prestar trabalho em Serviço de Urgência.
Estica-se a manta para os cuidados de Urgência e destapam-se os cuidados Hospitalares programados. E a "manta" pertende-se que também chegue (e deve chegar, e muito) para os Cuidados Primários.
Não há nada como “programas especiais de combate” do tipo SIGIC para esconder e agravar esta previsível contingência (malgrado os gastos exorbitantes a eles associados), já que o combate para a resolução do problema das situações ditas de urgência, esse que sempre foi considerado como prioritário, nunca foi dirigido assumidamente contra a sua causa primária e quando o é, existem sempre desculpas para a sua ineficácia.
A bem duma reestruturação da rede Hospitalar e de Serviços de Urgência persiste-se no mesmo erro.
Reestrutura-se, centralizando, focalizando e reforçando os Serviços de Urgência para continuarem a prestar o mesmo tipo de serviço ao mesmo tipo de doentes, para tratar o mesmo tipo de patologias.
Ao invés de se investir com firmeza, nos cuidados primários, nas consultas de especialidade devidamente protocoladas e nos tratamentos mais diferenciados dessas especialidades, na proximidade das populações, perspectiva-se a mobilização de profissionais para outras instituições onde a sua rentabilidade de forma alguma será cumulativa, diminuindo-se assim, com a extinção dos serviços, ainda mais a equidade e a acessibilidade aos cuidados de saúde.
E nem com a promessa (demagógica) de investimentos na construção de muitos Hospitais de Proximidade (a exemplo da vizinha Espanha – alguns deles já falidos) ou com a aposta ainda não conseguida nas USF, se consegue afastar o espectro das dificuldades que este Ministério, bem como os antecessores, têm tido em resolver o problema da saúde nas últimas duas décadas.
A inexistência duma avaliação correcta e aprofundada das actuais capacidades instaladas e da sua produtividade em termos de qualidade e quantidade, a ausência/redução de incentivos para aumento da produtividade e diminuição do desperdício, a permanente redução de efectivos e do orçamento para a saúde, a par da falta de actuação integrada, coordenada e bem clara sobre os vários sectores, condena qualquer estruturação do SNS ao insucesso, perpetuando os mesmos problemas, as mesmas dificuldades e a mesma insatisfação dos profissionais e da população.
E a quem interessa esta situação? "
Postado por J.F em 01:55
NOTAS
- lá tem uma foto, aqui não!
- lá tem comentários, aqui não!

A voz e a vós


Li, gostei, transcrevi:
"E, embora o povo, em geral, se apresente pouco esclarecido, já aparecem pessoas a mostrar que raciocinam pela própria cabeça e não seguem cegamente os ditames dos respectivos partidos ou de outras instituições. A provar esta evolução que vem confirmar posições já tomadas nestas páginas, encontrei em dois jornais de hoje, 20 de Fevereiro, os sguintes títulos:
- Cresce contestação no PS ao ministro da Saúde,
- Vila Pouca de Aguiar até já pediu ajuda ao Rei da Noruega,
- Idosos recorrem cada vez mais à ajuda da Provedoria de Justiça,
- Autarcas em colisão com o ministro da Saúde,
- Docente critica "destruição" do SNS,
Onde? aqui.
Mais?
Sim:
Urgências:Autarca de Valença aconselha ministro da Saúde a medir bem as pal..."O que o ministro disse ontem às televisões só está a inflamar ainda mais as populações, que até já estão a convocar novas manifestações e novos protestos por SMS [mensagens por telemóvel]", di...RTP - Nacional (19/02/2007 15:02)
Autarca de Valença aconselha ministro da Saúde a medir bem as palavras"O que o ministro disse ontem às televisões só está a inflamar ainda mais as populações, que até já estão a convocar novas manifestações e novos protestos por SMS [mensagens por telemóvel]", di...RTP - Nacional (19/02/2007 15:02)

Urgências: Vila do Conde vai contestar encerramento junto do ministro da SaúdeMário Almeida, presidente da Câmara Municipal de Vila do Conde, anunciou hoje que vai confrontar o ministro da Saúde com os "graves inconvenientes" do eventual fecho da urgência hospitalar da cidade.Público - Política (19/02/2007 11:02)
Alto Tâmega manifesta-se contra fecho de serviços de saúdeA população do Alto Tâmega, autarcas e representantes de partidos políticos manifestam-se, quarta-feira, contra o encerramento dos serviços de saúde em Vila Pouca de Aguiar e a desclassificação da urgência no Hospital de Chaves, soube hoje a Lusa de fonte autárquica.Diário Digital (19/02/2007 11:02)
Ministro da Saúde "aberto ao diálogo"Correia de Campos mantém decisão de encerrar urgência nocturna de ValençaSic - Vida (19/02/2007 10:02)
Presidente da câmara rejeita acusações do ministro da SaúdeO presidente da Câmara de Valença, José Luís Serra, rejeitou hoje as acusações do ministro da Saúde de que foi o «único responsável» pela contestação ao anunciado fim das urgências hospitalares no concelho ;Sol - Política (19/02/2007 10:02)
ADSE vai rever comparticipações na SaúdeCanal de Negócios (19/02/2007 09:02)
Ministro da Saúde responsabiliza autarcaO ministro da Saúde acusa o presidente da Câmara de Valença do Minho, José Luís Serra, de ser o único responsável, pela contestação ao fecho do Serviço de Urgências do Concelho.TVI - Informação (19/02/2007 08:02)
Valença: ministro Saúde responsabiliza autarca por agitaçãoO ministro da Saúde, Correia de Campos, acusou no domingo o presidente da Câmara de Valença de ser o «único responsável» pela contestação popular à exclusão do concelho da rede nacional de urgências.Diário Digital (19/02/2007 06:02)

Ministro da Saúde responsabiliza autarca de Valença por contestaçãoO ministro da Saúde, Correia de Campos, acusou domingo o presidente da Câmara de Valença de ser o "único responsável" pela contestação popular à exclusão do concelho da rede nacional de urgências.TVNet (18/02/2007 23:02)
Ministro da Saúde responsabiliza autarca de Valença por contestaçãoO ministro da Saúde, Correia de Campos, acusou domingo o presidente da Câmara de Valença de ser o "único responsável" pela contestação popular à exclusão do concelho da rede nacional de urgências.TVNet (18/02/2007 23:02)
Ministro da Saúde responsabiliza autarca de Valença por protesto contra fec...O ministro da Saúde, Correia de Campos, acusou hoje o presidente da Câmara de Valença de ser o "único responsável" pela contestação popular à exclusão do concelho da rede nacional de urgências.Público - Política (18/02/2007 21:02)
Ministro da Saúde culpa autarca de ValençaO ministro da Saúde, Correia de Campos, acusou hoje o presidente da Câmara de Valença de ser o "único responsável" pela contestação popular à exclusão do concelho da rede nacional de urgências. "É o único responsável por esta situação e tem que acarretar com ()Jornal de Notícias (18/02/2007 21:02)
Ministro Saúde responsabiliza autarca por contestação a fecho urgência"É o único responsável por esta situação e tem que acarretar com as consequências", disse Correia de Campos, em entrevista à estação pública de televisão (RTP). O ministro da Saúde garant...RTP - Nacional (18/02/2007 21:02)

domingo, 18 de fevereiro de 2007

«Até a decência e o decoro já se perderam na João Crisóstomo»

1 - Para Carlos Arroz, é clara a analogia entre a alegada intenção do MS em não cumprir a lei no caso do pagamento aos médicos chamados para pôr em marcha o plano de contingência contra a gripe e o atraso na reposição parcial do valor pago pelas horas extraordinárias dos clínicos. O SIM vem alertando há muito para a demora na publicação deste diploma, por não considerar normal o atraso de mais de dois meses. «TM» tentou já por várias vezes obter um esclarecimento do MS sobre esta questão, mas até ao momento a única resposta obtida, da parte do assessor de Imprensa, é que «há que contar com a promulgação» do diploma pelo Presidente da República. Quando confrontado com esta resposta da tutela, Carlos Arroz mostrou-se indignado. «Até a decência e o decoro já se perderam na João Crisóstomo. O facto de o senhor ministro se desculpar com o Presidente da República, quando, como sabemos, o Presidente até nem tem posto entraves à promulgação dos diplomas do Governo, é indecente», afirmou. Carlos Arroz lembrou ainda que é público que Cavaco Silva promulgou todos os diplomas que lhe tinham chegado até ao dia 16 de Dezembro, antes de partir em visita de Estado para a Índia.Recorde-se que este diploma foi aprovado na reunião do Conselho de Ministros de 6 de Dezembro e até à data de fecho desta edição ainda não tinha sido publicado no Diário da República. (in Tempo Medicina TM 1.º CADERNO de 2007.02.190712321C08107MF07B parte do artigo sob o título Medidas de contingência para surto de gripe geram polémica
SIM contesta modelo de pagamento aos médicos
)
2 - FNAM critica «gestão por impulsos»
«A acção ministerial encontra-se reduzida a uma gestão por “impulsos”, a contraditórias e irrealistas afirmações públicas, a visitas a vários locais e à procura sistemática de conflitos que sejam susceptíveis de desviar as atenções da opinião pública em relação aos aspectos gravosos da sua política». Esta é uma das conclusões da reunião do Conselho Nacional da Federação Nacional dos Médicos (FNAM), que se realizou em Coimbra no passado dia 11
3 - Valença - Manifestção anti-encerramento da Urgência - reacção do actual ministro da saúde português:
- foi uma atitude anti-democrática!
4 - Proustianamente em busca do diploma perdido das USFs, Simédicos encontrou algo de curioso no site da MCSP:
a 2ª parte de um Relatório da A.P.E.S. sobre Análise de Custos e Sistema de Remuneração e Incentivos das USFs.Ficamos assim a saber que para 2007 apenas se prevê a implementação de 34 USFs de modelo 4, sendo que dessas 34 já existem 9 em regime experimental (RRE?), números estes que deveriam desde já pôr a pensar e a fazer contas aos que estão no terreno. Quem fica de fora? E quem entra?As conclusões do mesmo estudo indicam, em contravenção com o proposto pela MCSP, não se justificar a atribuição de incentivos financeiros ao pessoal de enfermagem (antes uma remuneração por actividades específicas) e muito menos ao pessoal administrativo (por terem já assegurada uma melhoria substancial da remuneração).Mas isto é um parecer técnico e a decisão política é que deve prevalecer…
5 - da mesma fonte:
O auto-intitulado Maquinista do SNS, num discurso panegírico dirigido aos deputados (apelidados de passageiros de comboio) do Partido Socialista reunidos nas suas Jornadas Parlamentares em Óbidos, mais uma vez esquece e insulta o remanescente (paradoxalmente maioritário) dos Médicos de Família que, com a sua falta de qualidade, contribuíram para colocar esse SNS e os seus Cuidados de Saúde Primários tão bem colocados a nível mundial. Médicos esses que têm até de trabalhar fiado em serviços de atendimento urgente de abre-fecha, já que afinal as USF's em funcionamento não conseguiram, ao contrário do que apregoa o Maquinista, reduzir a afluência às urgências hospitalares. Movendo-se com a proverbial graciosidade de um elefante numa loja de cristais, o Maquinista até fala em médicos pagos por incentivos…