quarta-feira, 14 de março de 2007

Governo alternativo

Soros
doa 3 milhões de dólares para combate à tuberculose super-resistente
Washington - O multimilionário norte-americano George Soros anunciou hoje um donativo de três milhões de dólares para combater a tuberculose super-resistente em África.
Soros apelou também aos países ricos para que se mobilizem contra esta infecção, frequentemente mortal para os seropositivos. Esta donativo, efectuado por intermédio da sua organização de caridade Instituto Sociedade Aberta, vai financiar um projecto de tratamento deste tipo de tuberculose, chamado de XDR-TB, em pessoas igualmente infectadas pelo vírus da Sida no Lesoto. Os autores deste projecto esperam que venha depois a ser adoptado noutros países pobres. Este tipo de tuberculose super-resistente é frequentemente mortal nos doentes também infectados pelo vírus da Sida. A organização de caridade norte-americana "Parceiros na Saúde e o Hospital Brigham para Mulheres, em Boston, participam também nesta iniciativa. Juntas, as organizações apelaram a que os países ricos desbloqueiem os fundos necessários para travar esta crise sanitária, potencialmente devastadora.
Em Setembro, a Organização Mundial de Saúde (OMS) confirmou 53 casos de XDR-TB na África do Sul, 52 dos quais mortais. A maioria dos doentes era também seropositiva. A taxa de mortalidade desencadeou o alarme dos responsáveis sanitários mundiais. Actualmente, mais de 300 casos foram diagnosticados e pelo menos 30 novos casos são registados mensalmente na África do Sul. Segundo as ultimas estimativas, este tipo de tuberculose super-resistente mata 85 por cento das pessoas seropositivas. A OMS estima serem necessários 650 milhões de dólares para combater esta nova forma virulenta de tuberculose. Segundo George Soros, a tuberculose XDR-TB ameaça os progressos realizados nos últimos anos na luta contra sida, sobretudo na África Sub-Sariana onde foi efectuada uma distribuição mais alargada de anti-retrovirais e se iniciaram medidas de prevenção. "A tuberculose super-resistente é actualmente considerada como sendo uma condenação à morte (para os seropositivos) mas isso pode ser evitado, declarou Soros. Além da África do Sul, cinco mil casos de tuberculose ultra-resistente foram até hoje diagnosticados em 18 outros países mas com uma mortalidade menos galopante. Em 2005, foram registados nove milhões de novos casos de tuberculose.
Segundo a OMS, são necessários cinco mil milhões de dólares para reforçar o controlo da infecção em 2007.
Agência LUSA

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