Maternidade: «Ministério da Saúde viola a Lei»
«O Ministério da Saúde viola a Lei».
Esta é uma das acusações e também o «assunto» do requerimento que o deputado do PSD Fernando Santos Pereira entregou na Assembleia da República no passado dia 26 de Janeiro.
No documento, a que o PortugalDiário teve acesso, o político faz um balanço dos seis meses sobre o encerramento da Maternidade de Barcelos, e acusa o ministro da Saúde, Correia de Campos, de impedir o funcionamento do Conselho Consultivo do Hospital de Barcelos.
Seis meses depois do fecho da maternidade, «o Governo continua a não ter compaixão e decreta agora o encerramento da urgência médico-cirúrgica existente no Hospital de Barcelos», explica Fernando Santos Pereira. Isto depois de ter prometido que nem o serviço nocturno iria encerrar, lembra.
O deputado argumenta que «os barcelenses são tratados como portugueses de segunda com esta inacreditável acção de "fechar" o Hospital de Barcelos» e garante que, «ao fechar gradativamente os serviços, vai acabando a oferta de valências de saúde e com esse encerramento o Governo executa habilidosamente uma morte lenta do hospital».
«Ministro da Saúde mentiu»
O social-democrata denuncia também que «não é verdade o que disse o ministro da Saúde na Assembleia da República em 18 de Janeiro de 2007 [que em Barcelos se havia ampliado a oferta em serviços de ginecologia, que anteriormente era reduzida]. A oferta é exactamente a mesma. O que aconteceu - com o encerramento da Maternidade e da Urgência Ginecológica e Obstetrícia - foi que o Governo criou todas as condições para a desmotivação dos profissionais e para a extinção dos Serviços».
O deputado garante ainda que «não é verdade que a concentração dos partos em Braga tenha sido, como disse na mesma ocasião o ministro, "um sucesso": o Hospital de Braga (hospital receptor de Barcelos) só aumentou 72 partos relativamente a 2006».
«A concentração é um fracasso, atenta contra o direito à vida, só traz transtornos, deslocação de pessoas, perigos acrescidos e prejuízos para os mais desfavorecidos», argumenta Fernando Santos Pereira.
Ministério da Saúde não recebeu requerimento
Este requerimento entregue pelo deputado do PSD na Assembleia da República «ainda não deu entrada oficial no Ministério da Saúde», disse ao PortugalDiário fonte da tutela. «Aliás, só tivemos conhecimento deste documento pela comunicação social», acrescentou.
Sobre o encerramento da Maternidade de Barcelos, a fonte da tutela refere que «também o Ministério fez um balanço da situação desde o encerramento e os resultados foram positivos. Por exemplo, o recurso de grávidas ao serviço privado baixou mais de 20 por cento, o que é um bom sinal».
In Portugal Diário 2007/02/01 17:50 Marta Sofia Ferreira
Esta é uma das acusações e também o «assunto» do requerimento que o deputado do PSD Fernando Santos Pereira entregou na Assembleia da República no passado dia 26 de Janeiro.
No documento, a que o PortugalDiário teve acesso, o político faz um balanço dos seis meses sobre o encerramento da Maternidade de Barcelos, e acusa o ministro da Saúde, Correia de Campos, de impedir o funcionamento do Conselho Consultivo do Hospital de Barcelos.
Seis meses depois do fecho da maternidade, «o Governo continua a não ter compaixão e decreta agora o encerramento da urgência médico-cirúrgica existente no Hospital de Barcelos», explica Fernando Santos Pereira. Isto depois de ter prometido que nem o serviço nocturno iria encerrar, lembra.
O deputado argumenta que «os barcelenses são tratados como portugueses de segunda com esta inacreditável acção de "fechar" o Hospital de Barcelos» e garante que, «ao fechar gradativamente os serviços, vai acabando a oferta de valências de saúde e com esse encerramento o Governo executa habilidosamente uma morte lenta do hospital».
«Ministro da Saúde mentiu»
O social-democrata denuncia também que «não é verdade o que disse o ministro da Saúde na Assembleia da República em 18 de Janeiro de 2007 [que em Barcelos se havia ampliado a oferta em serviços de ginecologia, que anteriormente era reduzida]. A oferta é exactamente a mesma. O que aconteceu - com o encerramento da Maternidade e da Urgência Ginecológica e Obstetrícia - foi que o Governo criou todas as condições para a desmotivação dos profissionais e para a extinção dos Serviços».
O deputado garante ainda que «não é verdade que a concentração dos partos em Braga tenha sido, como disse na mesma ocasião o ministro, "um sucesso": o Hospital de Braga (hospital receptor de Barcelos) só aumentou 72 partos relativamente a 2006».
«A concentração é um fracasso, atenta contra o direito à vida, só traz transtornos, deslocação de pessoas, perigos acrescidos e prejuízos para os mais desfavorecidos», argumenta Fernando Santos Pereira.
Ministério da Saúde não recebeu requerimento
Este requerimento entregue pelo deputado do PSD na Assembleia da República «ainda não deu entrada oficial no Ministério da Saúde», disse ao PortugalDiário fonte da tutela. «Aliás, só tivemos conhecimento deste documento pela comunicação social», acrescentou.
Sobre o encerramento da Maternidade de Barcelos, a fonte da tutela refere que «também o Ministério fez um balanço da situação desde o encerramento e os resultados foram positivos. Por exemplo, o recurso de grávidas ao serviço privado baixou mais de 20 por cento, o que é um bom sinal».
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