quarta-feira, 31 de janeiro de 2007

Desafio

Correia de Campos afirmou em público que a prática de um aborto custaria ao Estado entre 350 e 750 euros. Porém, foi publicada em Diário da República, a 12 de Junho de 2006, uma portaria que faz oscilar a despesa entre 801 e 1074 euros.
O Movimento Norte pela Vida desafia o ministro da Saúde, Correia de Campos, a esclarecer os custos reais de uma Interrupção Voluntária da Gravidez. Este grupo de cidadãos quer saber quais as contas feitas pelo responsável da tutela para afirmar que um aborto custaria ao Estado entre 350 e 750 euros. E isto porque uma portaria (n.º567/2006) daquele ministério, publicada em Diário da República a 12 de Junho, indica 829,91 euros como preço de um “aborto sem dilatação e curetagem” e 1074,45 no caso de “curetagem de aspiração ou histerectomia”. “Queremos que o ministro esclareça e pedir ao Governo para que este dinheiro seja investido em instituições de apoio à mulher grávida numa solução verdadeiramente positiva”, disse Isabel Adão da Fonseca, uma das responsáveis do Movimento Norte pela Vida.Ontem, para assinalar o primeiro dia de campanha oficial, este grupo de cidadãos lançou 60 balões, na Praça da Liberdade, no Porto, que simbolizaram o mesmo número de instituições de apoio à mulher grávida e em dificuldade existentes no País. Destas – fizeram notar os elementos do Movimento – 18 foram criadas após o referendo de 1998. “Os recursos do Estado devem ser investidos neste tipo de soluções”, observou ainda Isabel Adão da Fonseca, antes de fazer a sua declaração de princípio: “O aborto é contra a mulher e contra a criança – é a pior solução – e estas instituições podem ajudar a reduzir o número de abortos”. O PRIMEIRO DE JANEIRO tentou sem êxito conhecer os argumentos do Ministério da Saúde até ao fecho da edição.
Já Rita Lobo Xavier, professora de Direito da Família, na Universidade Católica, preferiu classificar a largada de balões como “uma iniciativa de sim à vida”. “O Estado não deve apoiar ou facilitar o aborto ilegal, porque esse é um caminho de morte, mas antes apoiar as mulheres com gravidezes inesperadas”, disse. Rita Lobo Xavier trouxe à liça a sua experiência de trabalho com instituições do género, escolhendo para exemplo a Associação de Defesa da Vida (ADAV) de Coimbra. “Só desde o início deste ano ajudaram a nascer mais de 60 crianças [fruto de gravidezes inesperadas], mas para mim bastava uma”, disse a jurista, para quem “se as mulheres forem acompanhadas e apoiadas optam sempre pela gravidez”. Afirmou ainda existir “uma parte significativa de mães solteiras que abortam porque são pressionadas pelos companheiros”.
In 1º de Janeiro - Ricardo Patrício
__________________
Por falar nisso, aquando do:
- referendo sobre a adesão à UE - vou votar sim ou não ou talvez até a praia
- aprovação da nova constituição - vou votar não ou sim ou talvez até Badajoz
- aprovações da legislação da função pública, segurança social, sindicato das polícias e outros que virão, vou...
aguardar sentado!

Sem comentários: