Conforme a máquina, assim saia a foto
1 - SEGUNDO O DIÁRIO DIGITAL
DGS diz que actividade gripal é «normal para a época»A actividade gripal em Portugal está «dentro do normal para a época» e as expectativas de que fosse mais intensa do que no ano passado não se estão a confirmar, afirmou este domingo a sub-directora-geral da Saúde Graça Freitas.
Em declarações à agência Lusa, a responsável da Direcção-Geral da Saúde (DGS) adiantou que a incidência da actividade gripal está actualmente nos 55,6 casos por 100 mil habitantes, um valor «dentro da linha de base da actividade gripal».
O principal vírus influenza em circulação é o AH3, que é compatível com a vacina anti-gripal disponível desde Outubro nas farmácias, adiantou a sub-directora-geral da Saúde.
Graça Freitas acrescentou que as previsões iniciais das autoridades de saúde, de que este ano a actividade gripal fosse mais intensa, já que na época 2005/2006 foi muito baixa, «não se confirmaram porque até agora as temperaturas têm estado elevadas» para a época.
Ainda assim, a responsável da DGS antevê que, apesar de baixa, a actividade gripal este ano possa vir a ser «ligeiramente» superior à verificada na época 2005/2006.
Nas próximas semanas, pode «existir um pequeno pico» no número de casos de gripe, mas «depois a situação voltará rapidamente à normalidade», especificou Graça Freitas.
A baixa actividade gripal está a ter também reflexos na procura da linha de Saúde Pública da DGS (808 211 311), cujas chamadas registam «níveis baixos para a época», adiantou à Lusa o seu coordenador, o enfermeiro Sérgio Gomes.
Depois de, no início de Janeiro, a linha ter registado quase 400 chamadas diárias - associadas a um aumento de infecções respiratórias provocadas por vírus que não o da gripe -, o número de atendimentos baixou para cerca de 130 por dia.
«As chamadas começaram a baixar desde o dia 15 de Janeiro», pormenorizou Sérgio Gomes, adiantando que muitas das questões colocadas continuam relacionadas com infecções respiratórias e sintomas gripais.
A linha deixou de funcionar 24 horas por dia desde sábado, mas Sérgio Gomes adianta que a equipa de enfermeiros que atende as chamadas já foi reforçada e, caso se justifique, voltará a funcionar em regime de permanência.
A Lusa contactou um dos principais hospitais de Lisboa, o Santa Maria, para averiguar o grau de procura das urgências devido a problemas associados à gripe e a informação transmitida pela médica Luísa Pedro, da equipa da urgência, é a de que a afluência está «dentro da normalidade, até um pouco mais baixa, por causa do frio».
A situação em Portugal é semelhante à verificada no resto da Europa, de acordo com a monitorização feita pela European Influenza Surveillance Scheme (na designação em inglês).
De acordo com os dados disponíveis no site deste projecto europeu de monitorização da actividade gripal, a intensidade da actividade gripal em Portugal e na maioria dos países europeus é baixa.
Apenas em Espanha, na Suiça, Holanda, Escócia e Irlanda do Norte se regista uma actividade gripal de intensidade média.
Diário Digital / Lusa 28-01-2007 15:23:00
DGS diz que actividade gripal é «normal para a época»A actividade gripal em Portugal está «dentro do normal para a época» e as expectativas de que fosse mais intensa do que no ano passado não se estão a confirmar, afirmou este domingo a sub-directora-geral da Saúde Graça Freitas.
Em declarações à agência Lusa, a responsável da Direcção-Geral da Saúde (DGS) adiantou que a incidência da actividade gripal está actualmente nos 55,6 casos por 100 mil habitantes, um valor «dentro da linha de base da actividade gripal».
O principal vírus influenza em circulação é o AH3, que é compatível com a vacina anti-gripal disponível desde Outubro nas farmácias, adiantou a sub-directora-geral da Saúde.
Graça Freitas acrescentou que as previsões iniciais das autoridades de saúde, de que este ano a actividade gripal fosse mais intensa, já que na época 2005/2006 foi muito baixa, «não se confirmaram porque até agora as temperaturas têm estado elevadas» para a época.
Ainda assim, a responsável da DGS antevê que, apesar de baixa, a actividade gripal este ano possa vir a ser «ligeiramente» superior à verificada na época 2005/2006.
Nas próximas semanas, pode «existir um pequeno pico» no número de casos de gripe, mas «depois a situação voltará rapidamente à normalidade», especificou Graça Freitas.
A baixa actividade gripal está a ter também reflexos na procura da linha de Saúde Pública da DGS (808 211 311), cujas chamadas registam «níveis baixos para a época», adiantou à Lusa o seu coordenador, o enfermeiro Sérgio Gomes.
Depois de, no início de Janeiro, a linha ter registado quase 400 chamadas diárias - associadas a um aumento de infecções respiratórias provocadas por vírus que não o da gripe -, o número de atendimentos baixou para cerca de 130 por dia.
«As chamadas começaram a baixar desde o dia 15 de Janeiro», pormenorizou Sérgio Gomes, adiantando que muitas das questões colocadas continuam relacionadas com infecções respiratórias e sintomas gripais.
A linha deixou de funcionar 24 horas por dia desde sábado, mas Sérgio Gomes adianta que a equipa de enfermeiros que atende as chamadas já foi reforçada e, caso se justifique, voltará a funcionar em regime de permanência.
A Lusa contactou um dos principais hospitais de Lisboa, o Santa Maria, para averiguar o grau de procura das urgências devido a problemas associados à gripe e a informação transmitida pela médica Luísa Pedro, da equipa da urgência, é a de que a afluência está «dentro da normalidade, até um pouco mais baixa, por causa do frio».
A situação em Portugal é semelhante à verificada no resto da Europa, de acordo com a monitorização feita pela European Influenza Surveillance Scheme (na designação em inglês).
De acordo com os dados disponíveis no site deste projecto europeu de monitorização da actividade gripal, a intensidade da actividade gripal em Portugal e na maioria dos países europeus é baixa.
Apenas em Espanha, na Suiça, Holanda, Escócia e Irlanda do Norte se regista uma actividade gripal de intensidade média.
Diário Digital / Lusa 28-01-2007 15:23:00
2 - SEGUNDO O CM
A época da gripe é dominada este ano pelo tipo de vírus mais perigoso (o A H3) e surge duas semanas mais cedo se comparada com o ano passado, divulgou o presidente do Programa Europeu de Vigilância da Influenza (EISS), Koss van der Velden.
A subdirectora-geral de Saúde, Graça Freitas, confirmou ao CM que também em Portugal, nas últimas semanas, “subiu um pouco a actividade gripal” e que “o maior número de casos é do vírus mais agressivo”. A descida das temperaturas é a principal responsável pelos novos casos de gripe. No dia de ontem, os termómetros voltaram a cair e mais pessoas procuraram as urgências, tendo-se verificado um número anormal de casos nos hospitais distritais do Porto e Braga. O frio voltou a atingir valores recordes, com o dia de ontem a roubar a classificação de dia mais frio do ano a sexta-feira, que já tinha atingido temperaturas excessivamente baixas. No Sabujgal, por exemplo, o termómetro esteve nove graus abaixo de zero. De registar ainda um acréscimo de chamadas para a Linha de Saúde Pública. Segundo o coordenador da linha, Sérgio Gomes, registaram-se cerca de 135 telefonemas por dia. Habitualmente verificam-se 100 telefonemas.Segundo o presidente do Programa Europeu de Vigilância da Influenza, o vírus dominante observado este ano no programa de vigilância europeu é o A H3.VÍRUS À LUPA“Sabemos, pela nossa experiência, ser mais violento do que o vírus B, que dominou no ano passado”, disse Koos van der Velden.“As pessoas que contraem o vírus A são normalmente em maior número, sofrem mais com a doença, o período é mais longo e as complicações como outros problemas de saúde são mais prováveis”, disse. O responsável garante que os tipos de vacinas indicadas para este ano são eficazes. Os dados do programa de vigilância confirmam que na terceira semana deste mês a taxa de incidência da actividade gripal, em Portugal foi baixa, de 50,6 casos por cada 100 mil habitantes. A população mais afectada são as crianças com idades entre os quatro e os 15 anos. Mas o pior ainda está para vir.Os indicadores revelam também que há uma tendência de subida para esta semana e que na vizinha Espanha a situação é, neste momento, já de um nível médio com 143,6 casos por cada 100 mil habitantes. O ano passado, recorde-se, à terceira semana, a actividade gripal no nosso país foi mínima: 12 casos por 100 mil. E verificava-se então a predominância do vírus B (menos violento). Radicalmente diferente foi a actividade gripal no Inverno de há dois anos, em que o vírus dominante era do tipo A. Observava-se então uma incidência de 120 casos por 100 mil habitantes. Em caso de pandemia de gripe, as autoridades estão em alerta. No endereço da internet da Direcção-Geral da Saúde são divulgadas as recomendações da Organização Mundial de Saúde para essa possibilidade. CEM MIL MORTOSO Programa Europeu de Vigilância da Influenza estima em 100 mil o número de mortos provocados pelo vírus da gripe na União Europeia. O seu presidente, Van der Velden, diz que no vírus A H3 “uma vez que emerge e se expande rapidamente é vital uma actuação rápida” para a cura.
A subdirectora-geral de Saúde, Graça Freitas, confirmou ao CM que também em Portugal, nas últimas semanas, “subiu um pouco a actividade gripal” e que “o maior número de casos é do vírus mais agressivo”. A descida das temperaturas é a principal responsável pelos novos casos de gripe. No dia de ontem, os termómetros voltaram a cair e mais pessoas procuraram as urgências, tendo-se verificado um número anormal de casos nos hospitais distritais do Porto e Braga. O frio voltou a atingir valores recordes, com o dia de ontem a roubar a classificação de dia mais frio do ano a sexta-feira, que já tinha atingido temperaturas excessivamente baixas. No Sabujgal, por exemplo, o termómetro esteve nove graus abaixo de zero. De registar ainda um acréscimo de chamadas para a Linha de Saúde Pública. Segundo o coordenador da linha, Sérgio Gomes, registaram-se cerca de 135 telefonemas por dia. Habitualmente verificam-se 100 telefonemas.Segundo o presidente do Programa Europeu de Vigilância da Influenza, o vírus dominante observado este ano no programa de vigilância europeu é o A H3.VÍRUS À LUPA“Sabemos, pela nossa experiência, ser mais violento do que o vírus B, que dominou no ano passado”, disse Koos van der Velden.“As pessoas que contraem o vírus A são normalmente em maior número, sofrem mais com a doença, o período é mais longo e as complicações como outros problemas de saúde são mais prováveis”, disse. O responsável garante que os tipos de vacinas indicadas para este ano são eficazes. Os dados do programa de vigilância confirmam que na terceira semana deste mês a taxa de incidência da actividade gripal, em Portugal foi baixa, de 50,6 casos por cada 100 mil habitantes. A população mais afectada são as crianças com idades entre os quatro e os 15 anos. Mas o pior ainda está para vir.Os indicadores revelam também que há uma tendência de subida para esta semana e que na vizinha Espanha a situação é, neste momento, já de um nível médio com 143,6 casos por cada 100 mil habitantes. O ano passado, recorde-se, à terceira semana, a actividade gripal no nosso país foi mínima: 12 casos por 100 mil. E verificava-se então a predominância do vírus B (menos violento). Radicalmente diferente foi a actividade gripal no Inverno de há dois anos, em que o vírus dominante era do tipo A. Observava-se então uma incidência de 120 casos por 100 mil habitantes. Em caso de pandemia de gripe, as autoridades estão em alerta. No endereço da internet da Direcção-Geral da Saúde são divulgadas as recomendações da Organização Mundial de Saúde para essa possibilidade. CEM MIL MORTOSO Programa Europeu de Vigilância da Influenza estima em 100 mil o número de mortos provocados pelo vírus da gripe na União Europeia. O seu presidente, Van der Velden, diz que no vírus A H3 “uma vez que emerge e se expande rapidamente é vital uma actuação rápida” para a cura.
VAGA DE FRIO LEVOU À SOBRELOTAÇÃO DAS URGÊNCIAS NO PORTO E EM BRAGA
Os serviços de Urgência das cidades do Porto e de Braga conheceram nos últimos três dias uma afluência invulgar, devido à vaga de frio e ao consequente aumento dos casos de gripe. Em Braga, as maiores complicações viveram-se no Centro de Saúde do Carandá, o maior da cidade e para onde se devem dirigir os doentes que necessitam de atendimento urgente durante o dia, entre as 08h00 e as 24h00. Anteontem e ontem houve quem tivesse de esperar mais de seis horas para ser atendido, encontrando-se numa pequena sala de 50 metros quadrados, mais de 40 pessoas a aguardar atendimento. Oitenta por cento dos casos eram gripes e constipações, provocadas pelos chamados resfriados. A afluência às urgências foi de tal ordem que um dos médicos contacto pelo CM chegou a aconselhar os utentes a medicarem-se em casa. “Com esta confusão, mais vale as pessoas ficarem em casa, optando por tomar um Ben-U-Ron, por se agasalhar e descansar um pouco. Aqui, se estão mal, ficam ainda pior.”De resto, ontem até às 18h00 passaram pe-lo atendimento urgente dos centros de saúde da cidade de Braga mais de 250 pessoas, o dobro do habitual para esta altura do ano.
CAOS NO S. JOÃO
No Hospital de S. João, no Porto, o dia não foi mais fácil, nem para os serviços, nem para os utentes obrigados a esperar horas a fio. As urgências tiveram uma afluência grande, facto que também se explica com os inúmeros casos de gripe que surgiram nos últimos dias. Fernanda Ribeiro e Celeste Bonifácio partilhavam a mesma impaciência durante a tarde de ontem. Os casos de gripe que lotaram as urgências do hospital levaram à demora no atendimento dos familiares que ambas acompanhavam, apesar de não serem casos de gripe.“A minha filha mais velha veio para cá às 09h30 com uma carta do Centro de Saúde de Ermesinde e só foi atendida às 15h00. É inadmissível”, lamentou Celeste Bonifácio, bastante preocupada com o estado de saúde da filha a quem apareceram umas manchas na pele.
TESTEMUNHOS
"NESTES DIAS ISTO FICA UM INFERNO" (Domingos Sousa - Braga)“Estava afectado por uma gastrenterite e acabei por sofrer na pele as consequências da gripe. Quando cheguei ao centro e me disseram que o tempo de espera era de três horas pensei logo no inferno em que isto se transforma nesta altura.”
"ÀS VEZES APETECE VOLTAR PARA CASA" (Artur Azevedo - Guimarães)“Quanto tenho uma pequena gripe nem sequer saio de casa, mas desta vez a coisa atacou pesado. Mas quando cá cheguei e vi esta gente toda, até desanimei. Às vezes apetece voltar para casa, mas as dores são tantas que temos de aguentar.”
João Saramago/E.N./Marta Martins Silva/Secundino Cunha
Os serviços de Urgência das cidades do Porto e de Braga conheceram nos últimos três dias uma afluência invulgar, devido à vaga de frio e ao consequente aumento dos casos de gripe. Em Braga, as maiores complicações viveram-se no Centro de Saúde do Carandá, o maior da cidade e para onde se devem dirigir os doentes que necessitam de atendimento urgente durante o dia, entre as 08h00 e as 24h00. Anteontem e ontem houve quem tivesse de esperar mais de seis horas para ser atendido, encontrando-se numa pequena sala de 50 metros quadrados, mais de 40 pessoas a aguardar atendimento. Oitenta por cento dos casos eram gripes e constipações, provocadas pelos chamados resfriados. A afluência às urgências foi de tal ordem que um dos médicos contacto pelo CM chegou a aconselhar os utentes a medicarem-se em casa. “Com esta confusão, mais vale as pessoas ficarem em casa, optando por tomar um Ben-U-Ron, por se agasalhar e descansar um pouco. Aqui, se estão mal, ficam ainda pior.”De resto, ontem até às 18h00 passaram pe-lo atendimento urgente dos centros de saúde da cidade de Braga mais de 250 pessoas, o dobro do habitual para esta altura do ano.
CAOS NO S. JOÃO
No Hospital de S. João, no Porto, o dia não foi mais fácil, nem para os serviços, nem para os utentes obrigados a esperar horas a fio. As urgências tiveram uma afluência grande, facto que também se explica com os inúmeros casos de gripe que surgiram nos últimos dias. Fernanda Ribeiro e Celeste Bonifácio partilhavam a mesma impaciência durante a tarde de ontem. Os casos de gripe que lotaram as urgências do hospital levaram à demora no atendimento dos familiares que ambas acompanhavam, apesar de não serem casos de gripe.“A minha filha mais velha veio para cá às 09h30 com uma carta do Centro de Saúde de Ermesinde e só foi atendida às 15h00. É inadmissível”, lamentou Celeste Bonifácio, bastante preocupada com o estado de saúde da filha a quem apareceram umas manchas na pele.
TESTEMUNHOS
"NESTES DIAS ISTO FICA UM INFERNO" (Domingos Sousa - Braga)“Estava afectado por uma gastrenterite e acabei por sofrer na pele as consequências da gripe. Quando cheguei ao centro e me disseram que o tempo de espera era de três horas pensei logo no inferno em que isto se transforma nesta altura.”
"ÀS VEZES APETECE VOLTAR PARA CASA" (Artur Azevedo - Guimarães)“Quanto tenho uma pequena gripe nem sequer saio de casa, mas desta vez a coisa atacou pesado. Mas quando cá cheguei e vi esta gente toda, até desanimei. Às vezes apetece voltar para casa, mas as dores são tantas que temos de aguentar.”
João Saramago/E.N./Marta Martins Silva/Secundino Cunha
Sem comentários:
Enviar um comentário