domingo, 14 de janeiro de 2007

Ventania

As bactérias staphylococcus aureus e escherichia coli, organismos responsáveis por infecções hospitalares e resistentes a antibióticos, aumentaram em Portugal entre 2004 e 2005, de acordo com o relatório anual de 2005 do Sistema Europeu de Vigilância da Resistência Antimicrobiana (EARSS).
A escherichia coli é uma das bactérias mais frequentes nos hospitais, sendo comum nas infecções urinárias adquiridas no meio hospitalar. Em 2005 foram isolados 1.171 casos em 19 laboratórios, mais 417 isolamentos do que os verificados no ano anterior.
O segundo organismo multi-resistente com maior detecção em Portugal, durante o ano de 2005, foi o staphylococcus aureus. Em 2005 foram isolados em 19 laboratórios 1.153 bactérias staphylococcus aureus, mais 90 casos do que em 2004.
Também em crescimento está o streptococcus pneumoniae, tendo em 2005 sido isolados 202 casos em 13 laboratórios, o que significa um aumento de 36 situações relativamente a 2004.
De acordo com as conclusões do relatório do EARSS, rede internacional de sistemas nacionais de vigilância antimicrobiana, na Europa a resistência à penicilina do streptococcus pneumoniae continua a mudar. Contudo, o relatório, com dados de 30 países europeus, indica que nos países que anteriormente apresentaram maior prevalência desta bactéria, a situação melhorou porque houve uma diminuição da resistência à penicilina.
Quanto ao staphylococcus aureus, o relatório indica que foi registado um aumento significativo na detecção desta bactéria em 12 países, nos últimos sete anos. No entanto, a França e a Eslovénia têm conseguido reduzir a incidência desta bactéria nos últimos anos.
Sobre a escherichia coli, o relatório conclui que na maioria dos países a resistência aos tratamentos continua a aumentar, mesmo nos Estados com taxa de incidência acima dos 60%.
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Autoridades garantem que Portugal está preparado para combater gripe das aves
Portugal está hoje mais preparado do que no Inverno passado para responder a uma eventual pandemia de gripe das aves e já esperava pelo alerta da Organização Mundial de Saúde sobre uma eminente expansão do vírus, garante a Direcção-Geral de Saúde.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) advertiu que a gripe das aves vai alastrar-se mais uma vez este Inverno e que os focos recentemente descobertos na Ásia são apenas o início de uma nova epidemia.

"Os motivos do aparecimento destes novos focos são claros: estamos a entrar nos meses mais frios do ano no Hemisfério Norte. O vírus da gripe das aves está ligado ao frio e propaga-se mais facilmente neste período do ano", disse Peter Cordingley, porta-voz da delegação regional da OMS para o pacífico Ocidental, com sede em Manila, nas Filipinas.
Segundo a sub-directora geral da Saúde, Graça Freitas, este é um alerta que os países europeus já estavam à espera e "é perfeitamente expectável".
Isto porque, explicou a especialista em saúde pública, o vírus desenvolve-se sempre que tenha condições para isso e o frio é o seu ambiente de eleição.
"Esta é a dinâmica do vírus, tal como se manifestou há precisamente um ano", afirmou.
Hospitais de referência estão preparados
No alerta de hoje, o porta-voz da delegação regional da OMS para o pacífico Ocidental afirmou que os governos estão este ano mais bem preparados para enfrentar a doença, posição que Graça Freitas corrobora.
Em relação a Portugal, a sub-directora geral da Saúde assegurou que o país está hoje mais bem preparado do que no Inverno passado, tanto a nível da infecção animal quanto em relação à transmissão zoonótica (de animal para humano).
"Temos os hospitais de referência preparados, uma rede de laboratórios estabelecida e medicamentos [anti-retrovirais] armazenados", disse Graça Freitas.
As autoridades continuam a preparar o país para uma eventual pandemia, ou seja, se o vírus adquirir a capacidade de se transmitir entre humanos, estando a desenvolver uma aplicação financeira que irá permitir um controlo electrónico do receituário, de forma a que cada utente não receba mais do que um tratamento.
Em relação à vacina, Graça Freitas explicou que Portugal está "a analisar os produtos disponíveis e a sua evidência científica" e garantiu que existe neste momento capacidade para encomendar algumas vacinas.
Desde o último surto, em finais de 2003, a gripe das aves provocou 159 mortos em todo o mundo, de acordo com uma estatística da OMS.

1 comentário:

J.F disse...

E com a ajuda da Microsoft de Bill Gates, ainda mais preparados iremos estar em Junho/Julho deste ano e segundo parece, sem custos.

Ele há cada benemérito...